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Meu filho é muito tímido. O que fazer? Parte II

Pontos chave:

  1. As origens da timidez podem ser encontradas na reatividade temperamental dos bebês e na capacidade de resposta dos pais.
  2. A paternidade excessivamente protetora e controladora pode afetar negativamente o desenvolvimento social da criança e causar timidez.
  3. Os pais continuam a desempenhar um papel importante no desenvolvimento social da criança durante os anos pré-escolares; Crianças mais tímidas tendem a ter pais menos sensíveis e mais superprotetores.
  4. É importante que os pais encontrem um equilíbrio entre ser solidários e superprotetores, e que considerem o contexto e a dificuldade da tarefa que têm em mãos antes de decidirem se uma criança precisa de ajuda.

Na parte I desse artigo, falamos sobre como o temperamento e o ambiente em que uma criança cresce influencia no desenvolvimento da timidez, e como os estilos de criação e o apego aos pais são aspectos-chave para determinar esse tipo de personalidade. Porém, como isso impacta no futuro?

0-24 meses

Você pode observar a timidez desde as primeiras fases da vida, na reação temperamental do seu bebê e na sensibilidade e resposta de vocês, como pais, enquanto cuidam dele. Quando uma criança tem reações emocionais negativas muito fortes, cuidar dela pode ser algo que exige demais e seus pais podem encontrar dificuldade para agir com sensibilidade e apoiá-la da forma adequada. Como resultado, isso faz com que a criança não desenvolva um apego seguro. Em vez disso, ela desenvolve um estilo de apego ambivalente, que a levará a temer a rejeição e o fracasso, e a ser incapaz de lidar com situações e desafios sociais. Além disso, pesquisas descobriram que as crianças com apego ambivalente têm maior probabilidade de se tornarem retraídas e inseguras quando crescem e começam a frequentar a escola.

Além do apego, o controle psicológico também determina o desenvolvimento da timidez. Existem dois tipos de padrões que levam a comportamentos superprotetores. O primeiro ocorre com a micro-administração invasiva e desnecessária das atividades da criança. Esse tipo de interação fará com que seu filho pense que ele não é capaz de fazer nada sem a ajuda de seus pais e não permite que ele pratique as habilidades necessárias para lidar com situações desafiadoras (apropriadas para o seu nível de desenvolvimento). O outro padrão de superproteção ocorre quando os pais criticam ou zombam do seu filho, o que ameaça a confiança e a autoestima da criança. Dessa forma, se os pais forem extremamente protetores ou negativos, as atitudes controladoras com os filhos, que já são tímidos por natureza, irão torná-los mais suscetíveis a ter comportamentos tímidos e reservados no futuro.

O que deve ser feito durante essa etapa? Preste atenção aos sinais do seu bebê e responda adequadamente, e seja sensível às necessidades do seu filho, pois isso o ajudará a se sentir seguro e a ter confiança em si mesmo. Passe tempo de qualidade com ele fazendo atividades que sejam apropriadas para a sua idade. Seja amoroso, demonstre afeto para reduzir a possibilidade de ele sentir ansiedade no futuro e o ajude a desenvolver bases sólidas de competência social.

O que é mais importante durante essa fase? Encontrar um equilíbrio entre apoiar e cuidar do seu pequeno (para que ele se sinta seguro) e evitar ter atitudes superprotetoras ou controladoras (para que ele se sinta capaz de fazer as coisas sozinho).

2-5 anos

Embora seja verdade que os primeiros 24 meses são muito importantes para o desenvolvimento social do seu bebê, isso não significa que as suas tendências sociais não sejam maleáveis depois dos dois anos de idade. Os pais desempenham um papel muito importante durante os anos pré-escolares. Pesquisas mostram que as crianças mais tímidas tendem a ter pais mais superprotetores e menos sensíveis, que não permitem a elas desenvolver a sua autonomia.

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Como saber se estou apoiando ou controlando o meu filho? Há uma linha muito tênue entre essas duas atitudes. Afinal, os pais devem estar 100% envolvidos na vida de seus filhos e se preocupar com isso o tempo todo, certo? Na realidade, tudo depende do contexto e da situação.

Um estudo interessante examinou o comportamento das mães enquanto interagiram com os seus filhos em dois contextos diferentes. Os resultados mostraram que, quando as mães estavam mais atentas e apreensivas durante a brincadeira de seus filhos (em um contexto em que as crianças podiam explorar sem precisar de muita ajuda), seus filhos ficavam reprimidos ao brincar com seus colegas, sugerindo que eles enxergam brincar com outras crianças como uma ameaça e não como uma interação social divertida. Por outro lado, quando as mães agiam dessa mesma forma quando o bebê enfrentava tarefas difíceis (em um contexto em que as crianças eram desafiadas e poderiam se sentir frustradas), seus filhos ficavam menos reservados enquanto brincavam.

Tenha em mente que as habilidades de autorregulação e agitação emocional do seu filho irão determinar o quanto as suas atitudes na criação terão influência sobre ele. Por um lado, as crianças que respondem calmamente a situações desafiadoras (e têm boa autorregulação) lidam melhor com essas situações, mesmo que a socialização com os pais não seja a ideal. Por outro lado, as crianças que dependem muito de fontes externas de apoio (e têm pouca autorregulação) precisam de pais mais cuidadosos e compassivos para lidar com situações difíceis, e são mais vulneráveis aos efeitos negativos de ter um pai ou mãe que controlam; portanto, é mais provável que se tornem crianças tímidas e inibidas.

O que deve ser feito durante essa fase? Conheça a personalidade do seu filho, note quando ele precisa de ajuda e quando ele pode fazer as coisas sozinho. Leve em conta o contexto e a dificuldade da tarefa que ele está fazendo antes de decidir se irá ajudá-lo ou não.

O que é mais importante durante essa fase? Entender as implicações da situação e as necessidades do seu filho para decidir qual atitude poderá ser positiva ou negativa para o bom desenvolvimento social do seu filho.

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