Pontos-chave:
- Cultive a felicidade nas crianças por meio do brincar, reconhecimento de esforços, tradições, expressões emocionais, aceitação do fracasso, evitando comparações e oferecendo amor incondicional.
- Seja um modelo de felicidade como mãe ou pai, priorize o autocuidado e ensine gratidão para incutir a felicidade ao longo da vida em seu filho.
O que você quer para a vida de seus filhos? Sucesso? Inteligência, conquistas e prestígio? E quanto aos valores internos? Não podemos construir uma vida baseada em realizações externas sem nos dar a chance de explorar nossas partes mais profundas. A felicidade não é mencionada com a frequência que deveria. E então? Como definimos a felicidade e como podemos instituí-la em nossos filhos? Acontece que a felicidade não é algo a ser encontrado, não pode ser criada, mas pode ser sintetizada. Temos a capacidade de criar aquilo que estamos constantemente buscando. Pesquisas recentes sobre a felicidade afirmam que ela é mais um produto de nossos hábitos mentais, emocionais e físicos, do que um resultado da sorte e de circunstâncias externas. Então, como podemos irradiar a luz interior de nossos filhos?
Aqui estão 10 dicas cientificamente comprovadas para ter filhos mais felizes:
- Dê um tempo para eles brincarem: Há tanta estrutura atualmente: esportes, atividades extracurriculares, aulas de piano. No entanto, o que as crianças realmente gostam é de brincar livremente. A brincadeira oferece a chance de encontrar e desenvolver uma conexão com seus próprios interesses, e uma oportunidade de aprender a tomar decisões, resolver problemas, desenvolver autocontrole e seguir regras. Um artigo publicado no American Journal of Play afirmou que o tempo de brincar das crianças tem diminuído e como esse padrão afeta seu desenvolvimento emocional: “Como sociedade, chegamos à conclusão de que, para proteger as crianças do perigo e para educá-las, devemos privá-las da atividade que as deixa mais felizes e colocá-las por mais horas em locais onde elas serão mais ou menos continuamente dirigidas e avaliadas por adultos, um cenário praticamente projetado para produzir ansiedade e depressão”.
- Elogie seu esforço e dedicação: Lembre-se de elogiar o esforço que seu filho dedica a uma tarefa. Se aprender que seus esforços são apreciados, ele aprenderá a valorizá-los, sem necessariamente visar resultados perfeitos. Os bebês cujos esforços são reconhecidos e valorizados se tornam crianças mais motivadas. Nós achamos que nossos bebês são tão inteligentes, tão incríveis, tão bons. Mas, segundo Carol S. Dweck, professora de psicologia de Stanford, é melhor não contar isso a eles: “É melhor se concentrar no esforço e na ação do seu bebê – diga ‘Você trabalhou muito para conseguir isso!’, ao invés de ‘Você é tão bom nisso!’”.
- Crie tradições familiares: Jantares de Natal, brincadeiras ou travessuras no dia das bruxas, jantares em família… Instituir tradições é uma maneira fantástica de fazer as crianças se sentirem parte de algo maior. “As estatísticas são claras: as crianças que jantam com suas famílias são mais saudáveis, mais felizes e melhores estudantes, e é por isso que antigos costumes estão voltando”.
- Tente não interferir em seu dever de casa: A grande maioria dos pais só quer olhar para o trabalho de seu filho para corrigi-lo e garantir que tudo seja feito com perfeição. Naturalmente, os pais têm as melhores intenções, mas o que estamos inconscientemente dizendo aos nossos filhos? Talvez possamos fazê-los pensar que são incapazes de completar uma tarefa por conta própria. Então, por favor, deixe-os lidar com isso. “Em última análise, queremos que nossos filhos sejam responsáveis, porque essa é uma característica necessária para o sucesso na vida. Por isso, os pais devem tentar incutir em seus filhos uma sensação de satisfação intrínseca (sentimentos internos de orgulho e felicidade), em vez de usar recompensas extrínsecas (como doces, dinheiro ou brinquedos) por seus comportamentos responsáveis”.
- Deixe-os expressar suas emoções: as crianças gritam quando estão bravas e choram quando estão tristes. Deixe que elas façam isso. Escolher ser feliz não significa reprimir nossos sentimentos, mas honrá-los, reconhecê-los e libertá-los. “Grande parte das recomendações atuais para os pais ignora as emoções”, diz o Dr. Gottman. “Em vez disso, elas se baseiam em teorias que abordam o mau comportamento das crianças, mas desconsideram os sentimentos por trás desse mau comportamento. O objetivo final de criar filhos não deve ser simplesmente ter um filho obediente e complacente. A maioria dos pais deseja muito mais para os seus filhos”.
- Ensine-os a aceitar o fracasso: Se as crianças não estão tentando coisas novas, elas não estão falhando. O que queremos, em última análise, é que elas enfrentem os desafios, e não que fujam deles. “Muitos pais têm consciência dos eventos nas vidas de seus filhos, e frequentemente encontram oportunidades e gatilhos para intervirem e ajudá-los. Estas ações estão supostamente relacionadas a crenças sobre a incapacidade de seus filhos de enfrentar dificuldades, suas singularidades, seu potencial para o sucesso e ao risco de danos. A intervenção excessiva por parte dos pais resulta em uma diminuição da resiliência, um sentimento de inadequação, ansiedade infantil, capacidades reduzidas e um senso inadequado de responsabilidade ou autoeficácia”.
- Não os compare a outras crianças: Muitas vezes nos vemos tentados a comparar nossos filhos com outras crianças para termos uma referência quando se trata de conquistas ou marcos. Mas a verdade é que toda criança é única. “As crianças se desenvolvem no seu próprio ritmo e têm seu próprio temperamento e personalidade. Comparar o seu filho com outra pessoa implica que você deseja que o seu seja diferente”.
- Seja feliz: Dar o exemplo é a melhor maneira de incentivar a felicidade do seu filho. Você não precisa ser um pai perfeito, mas sempre pode tentar controlar suas emoções! “O que os pais fazem influencia seus filhos. Não importa se eles estão juntos ou separados, e sim a quantidade de horas que passam com seus filhos. Gastando cada momento possível com eles quando chegam em casa do trabalho. As crianças não ficam bem se os adultos não estão cuidando de si mesmos e de seus relacionamentos”, diz Carolyn Cowan.
- Ajude seu filho a desenvolver a gratidão: Muitas vezes pensamos que não podemos ser gratos até que sejamos felizes. A verdade é que as pessoas são felizes porque são gratas. Pessoas que se descrevem como gratas também são classificadas como mais felizes. Está procurando algo pelo qual ser grata? Olhe bem na sua frente, olhe para o seu filho! Como você pode cultivar gratidão? (Dica: pense em moldar seu comportamento).
Por último, mas não menos importante…
10. Dê a eles amor incondicional: Crianças fazem bagunça, e isso faz parte da experiência natural da infância. A infância é baseada em tentativa e erro, então, quando seus filhos fizerem bagunça e se atrapalharem, perdoe-os por isso. Eles ficarão mais confiantes para tomar decisões e se arriscarão de maneira saudável no futuro, pois se sentirão seguros para cometer erros. Eles se sentirão mais felizes quando souberem que seus pais estarão sempre ao seu lado, não importa o que aconteça.