Pontos chave:
- Crianças menores de dois anos podem aprender com seus entes queridos e construir relacionamentos com eles por meio de vídeochamada.
- Pesquisas mostraram que interações individuais através de videochamadas podem ajudar as crianças a aprender informações sociais e cognitivas, como reconhecer e preferir pessoas com quem conversaram através de videochamada e aprender novas palavras e padrões.
- As crianças sabem a diferença entre videochamadas e vídeos pré-gravados, e só se beneficiam de interações ao vivo com pessoas reais.
- As videochamadas podem ser usadas de maneiras apropriadas ao desenvolvimento para ajudar as crianças a se relacionarem com familiares e amigos que moram longe.
Em todo o mundo, as pessoas usam ferramentas como FaceTime e Skype para se conectarem com suas famílias e amigos. E os nossos filhos? Eles entendem e crescem a partir dessas interações virtuais com seus familiares?
Uma equipe de pesquisadores do Lafayette College, liderada pela professora doutora Lauren J. Myers, estudou crianças de 1 a 2 anos para descobrir os resultados das interações no FaceTime, buscando descobrir se elas criam relacionamentos e aprendem durante as videochamadas com outras pessoas. Neste estudo, 60 crianças com menos de 2 anos foram divididas em dois grupos. Cada grupo teve uma semana de interações por meio de videochamadas em tempo real ou vídeos pré-gravados de novas palavras, ações e padrões.
Os pesquisadores descobriram que as crianças prestavam atenção e respondiam às pessoas dos dois tipos de vídeo, mas só respondiam em sincronia com a pessoa no bate-papo por vídeo em tempo real (como bater palmas após a pessoa no vídeo fazer o mesmo). Da mesma forma, após uma semana de conversas por vídeo, as crianças que interagiam ao vivo aprenderam informações sociais e cognitivas. Por exemplo, elas reconheciam e demonstravam preferência pelas pessoas com quem conversavam nas chamadas em tempo real, e aprenderam novas palavras e padrões.
O aprendizado não ocorreu com o vídeo pré-gravado, em que não se podia ver ou ouvir a criança, e responder de acordo com suas reações. Os pesquisadores encontraram evidências de que as crianças podem perceber a diferença entre interações em tempo real e “interações falsas” pré-gravadas, que fazem pausas após as perguntas para que as crianças as respondam – como em muitos programas de TV infantis.
De acordo com o estudo, por volta dos 17 meses, as crianças começam a aprender a partir das interações de vídeo ao vivo com pessoas reais. “Eles começam a entender quem é essa pessoa na tela, e são capazes de obter resultados significativos a partir da interação em tempo real com ela”, diz Myers.
Assim, você pode ficar tranquilo, sabendo que seu filho pode – e vai! – aprender a criar laços com os membros da família, como a vovó e o vovô – mesmo que ele não os veja muito fisicamente. As ferramentas de bate-papo por vídeo irão ajudá-la a conectá-los.
Lafayette College. (ID: 2016 , 15 de julho). Novo estudo sobre crianças ressalta o valor do chat por vídeo do FaceTime como interação significativa. ScienceDaily. Consultado em 30 de agosto de 2016. Disponível em www.sciencedaily.com/releases/2016/07/160715115023.htm
Lauren J. Myers, Rachel B. LeWitt, Renée E. Gallo, Nicole M. Maselli. Baby FaceTime: as crianças podem aprender com o bate-papo por vídeo on-line? Developmental Science, ID: 2016 ; DOI: 10. ID: 1111 / desc. ID: 1243 0
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