Todas nós já ouvimos histórias sobre uma mulher lendária que supostamente cozinha pratos deliciosos e orgânicos dignos de uma foto no Instagram, com ingredientes que ela mesma cultivou. Dizem que ela é uma especialista em sincronizar seu ritmo circadiano com os horários de sono do bebê, mantém sem esforço um equilíbrio perfeito entre sua vida familiar e profissional, sempre tem tempo para satisfazer o parceiro e até estuda para obter um doutorado em psicopedagogia! Bem, é hora de esclarecer as coisas: essa mãe perfeita não existe. É apenas um construto social.
O mito da “mãe perfeita” inclui uma série de crenças e expectativas sobre a maternidade ideal, alimentado por pressões sociais, representações irreais na mídia e nossas experiências familiares. O problema surge quando muitas mães se comparam a esse ideal inatingível e se sentem culpadas ao perceberem que são mulheres comuns.
Os danos que esses mitos podem causar estão bem documentados. A psicóloga do desenvolvimento Sarah Schoppe-Sullivan, da Universidade Estadual de Ohio, revelou que as mães que se orientam e comparam suas habilidades parentais com o ideal social estão menos sintonizadas com as necessidades de seus filhos. Portanto, se preocupar em não ser perfeita é contraproducente e só torna as coisas mais difíceis.
Ser mãe é uma busca contínua para encontrar o equilíbrio entre as alegrias e as dificuldades, assim como em qualquer outro relacionamento humano. Também envolve o desenvolvimento de um novo aspecto de sua identidade e um processo contínuo de se conhecerem e crescerem juntos ao lado do bebê.
Qual é a moral da história? Não se preocupe se houver inconsistências entre sua experiência e os “deveres”, “nuncas” e “sempres” que acompanham o mito da mãe perfeita.
Em vez de se deprimir ao enfrentar um novo desafio, concentre-se em seus esforços e aprenda com a situação. Isso certamente será um excelente exemplo para o seu bebê!
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