Pontos chave:
1. Os atrasos no desenvolvimento variam, lembre-se de que cada criança tem seu próprio ritmo.
2. Esteja atento a sinais como não alcançar marcos dentro dos prazos esperados.
3. Confie em seus instintos; os pais frequentemente percebem atrasos antes dos médicos.
4. Consulte um pediatra se estiver preocupado com possíveis atrasos no desenvolvimento.
O que significa um “atraso no desenvolvimento”?
Este termo é usado pelos médicos quando uma criança não atingiu um marco esperado em seu desenvolvimento. Por exemplo, se o intervalo normal para aprender a andar é entre os 9 e os 18 meses, e uma criança de 20 meses ainda não começou a andar, isso seria considerado um atraso. Há muitos tipos de atrasos no desenvolvimento de bebês e crianças pequenas, e eles podem ocorrer em uma ou mais áreas, tais como: coordenação motora grossa, coordenação motora fina, desenvolvimento da linguagem, cognição, área socioafetiva, entre outras. É importante mencionar que se seu bebê estiver temporariamente atrasado, isso pode não representar necessariamente um atraso no desenvolvimento. Lembre-se de que cada criança tem seu próprio ritmo de desenvolvimento, por isso, é importante saber identificar alguns dos sinais de alerta.
Como posso saber se meu filho está com um atraso no desenvolvimento?
Um atraso no desenvolvimento é, na maioria das vezes, um diagnóstico feito por um médico com base em diretrizes específicas. Normalmente, os pais são os primeiros a perceber que seu filho não está progredindo na mesma proporção que outras crianças da mesma idade. A intervenção precoce pode fazer uma grande diferença – por isso, se você acha que seu filho pode ter algum atraso, você deve consultar seu médico, um pediatra de desenvolvimento e comportamento ou um neurologista pediátrico. De toda forma, é sempre uma boa ideia familiarizar-se com o cronograma padrão de desenvolvimento infantil.
Sinais de atraso no desenvolvimento durante o primeiro ano:
2 meses
- Não responde a sons altos;
- Não acompanha as coisas enquanto elas se movem;
- Não sorri para as pessoas;
- Não leva as mãos à boca;
- Não consegue manter a cabeça erguida quando está de bruços.
4 meses
- Não acompanha as coisas enquanto elas se movem;
- Não sorri para as pessoas;
- Não consegue manter a cabeça firme;
- Não faz sons;
- Não leva objetos até a boca;
- Não faz o movimento de empurrar as pernas para baixo quando os pés são colocados em uma superfície dura;
- Tem dificuldade para mover um olho ou os dois em qualquer direção.
6 meses
- Não tenta pegar coisas que estão ao seu alcance;
- Não demonstra afeto por seus cuidadores;
- Não responde aos sons ao seu redor;
- Tem dificuldade em levar objetos à boca;
- Parece muito “mole”, como uma boneca de pano;
- Não vocaliza vogais (“ah “, “eh “, “oh”…);
- Não rola em nenhuma direção;
- Não ri ou grita;
- Parece muito rígido, com músculos tensos.
9 meses
- Não suporta o peso nas pernas com apoio;
- Não se senta com ajuda;
- Não balbucia palavras (“ma-ma”, “pa-pa”);
- Não brinca com jogos que envolvem ação e reação;
- Não reage ao próprio nome;
- Não parece reconhecer pessoas familiares;
- Não olha para o lugar que você aponta;
- Não transfere brinquedos de uma mão para outra.
12 meses
- Não engatinha;
- Não se levanta com apoio;
- Não procura por coisas que ele vê você esconder;
- Não aponta para coisas;
- Não aprende gestos como acenar ou balançar a cabeça;
- Não diz palavras isoladas como “mama” ou “papa”;
- Perde habilidades que ele já teve.
Tenha em mente que, se seu filho nasceu prematuramente, pode ser que ele precise de um pouco mais de tempo do que outras crianças de sua idade para recuperar o atraso. Os médicos geralmente acompanham seu progresso usando a data de previsão do parto ao invés de sua data de nascimento real até o segundo ou o terceiro aniversário.
Tem dúvidas sobre alguns desses sinais? Siga seus instintos – você conhece o seu filho melhor, então não hesite em fazer perguntas ao seu médico. A Academia Americana de Pediatria (AAP) recomenda que os médicos analisem informalmente os bebês e as crianças durante as consultas, verificando potenciais atrasos de desenvolvimento, e que façam exames mais formais e estruturados aos 9, 18 e 30 meses.
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