O descolamento de placenta pode ser parcial ou total e traz riscos para a mãe e seu bebê. Por isso, deve ser acompanhado de perto.
Entre os problemas que mais oferecem risco em uma gestação, está o descolamento de placenta. Como você deve saber, esse órgão é essencial para o transporte de nutrientes e oxigênio para o seu bebê durante o crescimento intrauterino. Uma vez que ela se desprende parcial ou totalmente, é necessário intervir rapidamente para que não haja danos ao pequeno ou à mãe.
A ótima notícia é que, assim como muitos outras situações, o descolamento de placenta pode ser rapidamente identificado quando há o acompanhamento médico adequado durante toda a gestação. Para entender melhor o que é esse problema, por que ele acontece e como é tratado, continue a leitura!
Quais os riscos do descolamento de placenta?
A placenta é um órgão temporário que se desenvolve durante a gestação e que permanece fixo à parede do útero até o momento do parto. Ela é fundamental para o desenvolvimento fetal, realizando o intercâmbio de nutrientes e gases entre o seu organismo e o do seu bebê.
Por alguns motivos, porém, a placenta pode se desprender completa ou parcialmente. Isso pode diminuir ou, até mesmo, interromper a comunicação entre o organismo materno e o fetal. Trata-se de uma condição séria e que precisa ser rapidamente identificada e tratada, visto que pode levar a consequências como:
- hemorragia;
- prematuridade;
- baixo peso do bebê;
- lesão cerebral por falta de oxigênio.
Além disso, de acordo com pesquisas, o descolamento de placenta também é a principal causa de óbito perinatal. Ou seja, o falecimento de fetos ou recém-nascidos. Por isso, é importante ter cautela e procurar ajuda médica em casos como esse.
Principais causas do descolamento de placenta
Todas as causas do descolamento de placenta ainda não são conhecidas. Porém, sabe-se que há alguns aspectos que elevam o risco, incluindo:
- traumas ou lesões no útero, decorrentes de quedas e outros impactos na região abdominal;
- histórico de descolamento de placenta em gestações anteriores;
- gestação gemelar;
- pressão alta;
- diabetes gestacional;
- miomas uterinos;
- perda rápida de líquido amniótico;
- histórico de uso de drogas;
- tabagismo durante a gravidez.
Sintomas mais frequentes
O sintoma mais comum é o sangramento vaginal e cólicas, em diferentes intensidades. Além disso, a mãe pode notar o movimento fetal diminuído, ter cãibras na região pélvica inferior e sentir contrações, com fortes dores no abdômen, que podem irradiar para as costas.
Porém, lembre-se de que muitos desses sintomas podem se assemelhar a condições comuns, como as contrações de treinamento, sem que isso signifique grandes problemas. Por isso, é fundamental consultar o médico para obter um diagnóstico.
Quando ocorre?
O descolamento de placenta pode ocorrer em diferentes estágios da gestação, mas é mais comum após a 20ª semana até o final da gravidez. Especificamente, ele é mais frequente a partir da 28ª semana de gestação. É importante ressaltar que esse problema pode se manifestar de forma abrupta, com sintomas graves que requerem intervenção médica imediata. Portanto, o acompanhamento pré-natal regular e atento é fundamental para identificar precocemente qualquer sinal de descolamento de placenta, aumentando as chances de um tratamento adequado e evitando complicações graves para a mãe e o bebê.
Formas de diagnóstico
O descolamento de placenta pode ser identificado pelo seu médico por meio da avaliação clínica dos sintomas e de ultrassonografias. O problema também pode ser avaliado por meio do monitoramento do coração fetal e exames laboratoriais.
Descolamento Ovular
Além do descolamento de placenta, outra complicação que merece atenção é o descolamento ovular. Essa condição, menos conhecida, ocorre em cerca de 1 a 3% das gestações e refere-se à separação do saco gestacional da parede uterina antes da 20ª semana de gravidez. O descolamento ovular pode ser associado a sangramento vaginal e cólicas intensas, o que pode ser confundido com um aborto em curso. Portanto, qualquer sangramento ou desconforto abdominal durante o primeiro trimestre deve ser prontamente comunicado ao médico para uma avaliação adequada. Essa condição aumenta o risco de aborto espontâneo e parto prematuro, tornando essencial o diagnóstico precoce e um acompanhamento médico rigoroso para garantir a saúde da mãe e do bebê.
Indicações de tratamento
Quando a placenta se desprende da parede do útero, não é mais possível reconectá-la. Por isso, o tratamento dependerá da gravidade do problema, que é avaliado a partir da quantidade de sangue perdida, de sinais de angústia do seu bebê e da idade gestacional.
Por exemplo, se o descolamento ocorrer antes das 34 semanas e não for muito grave, você pode ter apenas um reforço no monitoramento da gestação até que o seu bebê esteja a termo. Agora, quando o descolamento é grave, o seu médico pode realizar o parto imediato por meio de uma cesariana de emergência.
Como você viu, o descolamento de placenta pode ocorrer em qualquer gestação e oferece riscos. Por isso, é importante ter muita atenção a sintomas incomuns e contar com o seu médico para quaisquer dúvidas e receios. O acompanhamento pré-natal é a melhor forma de garantir uma gestação saudável.
Informações muito importantes, concorda? Então, não deixe de compartilhar este conteúdo nas suas redes sociais!