A diástase pós-parto é algo muito comum e que afeta a qualidade de vida de muitas mulheres. A boa notícia é ela que tem tratamento.
Uma das preocupações das gestantes em relação ao próprio corpo é a diástase pós-parto. Você sabe exatamente o que é isso? A condição, que afeta grande parte das mulheres que já passaram por uma ou mais gestações, afeta não somente a estética, mas também a qualidade de vida.
Se você é tentante, está grávida ou já teve o bebê, é importante que saiba mais sobre o assunto para conseguir identificar o problema e buscar soluções. Pensando nisso, trouxemos, neste post, tudo o que você precisa entender sobre o tema. Continue a leitura e confira!
O que é diástase pós-parto?
A diástase retal, como também é chamada, é a separação parcial ou total dos músculos abdominais. Sabe o famoso tanquinho? Pois bem, os músculos da região se separam, o que pode gerar um abaulamento, já que aquela parte fica sem sustentação.
Essa condição é muito comum durante e após a gestação, pois, com o crescimento do útero para acomodar o bebê, os músculos do abdômen se alongam. Um estudo mostrou que até 60% das mulheres podem apresentar a diástase em algum momento da gravidez ou no pós-parto.
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Mulheres que esperam mais de um bebê na mesma gestação têm maiores chances de apresentar a diástase, por conta do esticamento da barriga para acomodar os filhos. Além disso, as mamães de segunda ou mais viagens também têm mais chances, pois os músculos já se alongaram antes.
O fator genético conta muito. Mulheres cujas mães tiveram diástase pós-parto têm maior probabilidade de ter o problema. Aliás, você sabia que a diástase retal não afeta somente as gestantes? Mulheres que nunca gestaram e homens também podem ter.
Quais são as causas da diástase pós-parto?
A diástase pós-parto ocorre por causa da pressão abdominal interna que os músculos abdominais e os tecidos conjuntivos sofrem com a expansão do útero. Além disso, a força para empurrar durante o parto também pode levar ao problema. Aliás, essa separação abdominal é algo esperado durante e após a gravidez.
Antigamente, o peso antes e durante a gestação, o peso do bebê e a idade da mulher eram considerados fatores de risco para a diástase. Entretanto, por falta de evidências que pudessem confirmar essa ideia, isso não é mais levado em conta.
Quais são os sintomas de diástase e como identificar o problema?
O principal sintoma de diástase é uma saliência na região do estômago, principalmente quando a pessoa contrai ou tensiona os músculos abdominais. Além disso, dores na região lombar, constipação e inchaço também podem indicar o problema. A seguir, veja como você pode verificar a condição.
Gravidez
Como dissemos, a diástase pode aparecer ainda durante a gestação, mas pode ser que não apareça nenhum sintoma tão perceptível assim. Entretanto, no segundo ou terceiro trimestre de gravidez, é possível ver uma protuberância acima e abaixo do umbigo, que pode ser ainda mais visível quando se força os músculos abdominais, como para ficar em pé, sentar ou deitar.
Vale dizer que se a gestante sentir qualquer dor muito forte na região do abdômen ou da pelve, é preciso buscar ajuda médica.
Pós-parto
Já no pós-parto, é possível perceber uma protuberância na região do abdômen. Sabe quando a mulher ainda parece grávida, mas já pariu o bebê? Então, esse abaulamento da barriga pode ser a diástase. Há uma maneira de fazer uma autoavaliação.
Deitada de costas, com as pernas dobradas e com os pés apoiados no chão, levante um pouco o tronco, como se fosse fazer um exercício abdominal. Em seguida, coloque a mão entre os músculos abdominais — para isso, imagine uma linha vertical que começa entre as costelas, passa pelo umbigo e vai até a pelve.
Se você sentir uma lacuna de um ou dois dedos, é bem provável que tenha a diástase, mas em um estágio moderado. É importante dizer que somente o médico ou o fisioterapeuta podem fechar um diagnóstico. Portanto, se você acha que pode ter o problema, busque ajuda profissional.
Como prevenir o problema?
Infelizmente, alguns dos fatores de risco para diástase abdominal estão fora de qualquer controle. Entretanto, se os músculos abdominais forem fortes, menores as chances de desenvolver o problema, já que eles conseguem resistir melhor à separação.
Sendo assim, uma boa ideia é fortalecer os músculos da região abdominal antes mesmo da gravidez. No caso das gestantes que ainda não têm diástase, é importante buscar ajuda de um educador físico para orientação de exercícios adequados para elas.
Além disso, se no último trimestre de gestação o abdômen parecer solto, é interessante considerar a utilização de faixa abdominal. Esse acessório oferece um suporte para a barriga, o que ajuda a não alongar tanto os músculos.
Quais as consequências da diástase abdominal?
A diástase pós-parto não é apenas uma questão estética, como algumas pessoas podem pensar. Ela causa alguns outros problemas que podem comprometer a qualidade de vida da mulher. A seguir, confira algumas das complicações:
- dores nas costas e na pelve;
- problemas posturais;
- disfunção do assoalho pélvico;
- dificuldade em pegar objetos mais pesados;
- hérnias, em casos mais graves.
Como tratar a diástase pós-parto?
A diástase pós-parto pode ser fechada com ajuda especializada de um fisioterapeuta. O profissional indicará exercícios para corrigir o problema.
Entretanto, se o caso for grave, pode ser necessário recorrer à cirurgia. Durante o procedimento, o cirurgião costura os músculos, resolvendo a questão. Além disso, é possível fazer uma abdominoplastia para remover o excesso de pele abdominal, caso tenha.
Como você pode ver, a diástase pós-parto é algo comum e que atinge muitas mulheres. Por isso, se você apresentar a condição, não se sinta diferente ou culpada. Busque ajuda profissional para tratar o problema, principalmente se a sua qualidade de vida for afetada.
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