Se você muda seu jeito de falar enquanto conversa com seu bebê, saiba que o baby talk é um hábito quase universal, instintivo e benéfico.
Com uma linguagem mais simplificada, exagerando ao abrir a boca e os olhos enquanto pronuncia cada palavra mais lentamente: essa é a forma com que os adultos falam com quem parece não entender, muito usada durante os primeiros anos do bebê. Esse modo de conversar recebe o nome de baby talk.
Por que será que temos um impulso quase automático de falar assim com os pequenos? Como eles entendem essa ação? Será que os bebês gostam desse tipo de fala? Neste post, vamos explicar tudo sobre o assunto. Confira!
O que é o baby talk?
A tal “fala de bebê” é algo que muitas vezes usamos instintivamente, sem nem perceber. Quem nunca mudou a voz e o ritmo da fala ao se deparar com um bebê fofo pela frente?
O baby talk é exatamente isso, um modo de falar característico, usado para se comunicar com bebês. Ele consiste em articular exageradamente cada palavra em um ritmo mais lento, de forma melódica e emocional, esticando as vogais e encurtando as frases. Além disso, eleva-se o tom, usando uma voz mais aguda.
Mais do que uma maneira carinhosa e emotiva de falar, existe ciência por trás do baby talk, e saiba que ele impacta diretamente o desenvolvimento cognitivo do seu bebê.
Por que temos o ímpeto de falar com os bebês dessa forma?
Esse modo de falar é um hábito que independe do idioma e acontece em praticamente todo o mundo. De acordo com antropólogos, é uma prática observada até mesmo em comunidades nativas.
As evidências sugerem que o impulso de mudar a voz quando conversamos com bebês é algo instintivo e natural. Além do afeto que os pequenos despertam, o adulto quer capturar a atenção do bebê, continuando conforme a reação dele, que naturalmente sorri quando é abordado dessa forma.
O baby talk é praticado frequentemente com bebês menores, especialmente pela mãe, e contribui para a construção de um cérebro saudável. É nessa fase que eles se desenvolvem mais rapidamente, e as conexões neurais que são criadas dependem essencialmente das interações e experiências que seu bebê tem.
Como os bebês recebem o baby talk?
Da mesma maneira que o seu bebê prefere ver o rosto humano a outros padrões visuais, o mesmo acontece em relação aos sons. A voz humana é o que ele mais gosta de ouvir, principalmente a voz da mãe, porque ela traz a sensação de conforto e segurança.
Assim, mais do que qualquer outro som (TV, música etc.), é a fala dos adultos mais próximos que estimula a compreensão e o desenvolvimento da linguagem, além de ampliar o vocabulário do seu filho.
A comunicação com os cuidadores envolve outros aspectos, como as expressões faciais e corporais, que fazem com que o bebê perceba a importância da fala e entenda que o processo é bilateral.
Nesse sentido, a clareza do baby talk facilita a percepção que o seu bebê tem da linguagem verbal. A fala mais lenta, alta e articulada o ajuda a compreender melhor as palavras, identificando o início e o fim de cada uma. Além disso, o bebê consegue diferenciar algumas sutilezas da interação verbal — entonação, imitação, ritmo e velocidade.
Ainda que esse hábito seja automático para muitas pessoas, principalmente para as mães, alguns pais se sentem bobos falando assim. À medida que o bebê começa a responder às suas conversas, repetindo sílabas e arrulhando, fica mais fácil adotar o baby talk. Imitando seus sons e suas caretas, o diálogo surge naturalmente.
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